Os Brinquedos e a Idade

19-04-2010 09:08

Em função das características da criança e do seu desenvolvimento psicológico e motor existem brinquedos mais adequados a determinadas idades:

 

                -No primeiro ano de vida: Os bebés vivem imersos num mundo de sensações tácteis e conhecem o seus corpo e tudo o que os rodeia através dos sentidos, tendem a levar as coisas á boca, a seguir um objecto com o olhar ou a ouvir qualquer som atentamente.

Descobrem o mundo e fazem-no com o que têm ao seu alcance. Fascina-os as cores, a música, o movimento, as suas próprias mãos e pés. Assim durante o primeiro ano de vida os brinquedos mais apropriados são os que os auxiliam nas suas investigações sensoriais: guizos, mordedores, peluches, objectos suaves ao toque e coloridos. Os objectos devem, também, possuir determinadas características para que não se tornem perigosos para os bebés.

 

                -Entre o primeiro ano e o terceiro ano de vida: Durante este período, a evolução das crianças é, fundamentalmente, motora e a linguagem transforma-se num instrumento essencial na comunicação. As crianças têm maior consciência do seu corpo e inicia-se a coordenação psicomotora. As brincadeiras e jogos tendem a ser mais experimentais. A criança adora brincar sozinha, arrastar objectos, palrar com os bonecos e fazer construções. Assim, os brinquedos indicados nesta idade são: bolas de esponja, construções simples, triciclos, andadeiras, bonecas e alguns livros ilustrados que lhes possibilitem começar a dar atenção às imagens.

 

                -Entre o terceiro ano de vida e o sexto: Com o domínio da linguagem e o grande desenvolvimento intelectual, as crianças desta idade dispõem de uma grande dose de imaginação e fantasia: surgem os amigos imaginários – companheiros de brincadeiras fictícios, com quem vivem muitas aventuras ou a quem fazem enormes confidências – e começam a brincar em grupos reduzidos. É a idade do jogo simbólico, mediante o qual a criança imagina e representa situações ou inventa personagens: Brincar aos médicos, aos professores, aos papás e ás mamãs é a sua maneira de recriar cenas e emoções da vida quotidiana. Trata-se de uma etapa fundamental para introduzi-las no mundo da leitura, mediante livros adequados e proporcionar-lhes disfarces, pinturas, maquilhagens, etc., bem como jogos de mesa simples.

 

                - Entre os seis e os oito anos: Este é uma momento de grande criatividade e no qual as crianças gostam de fazer experiências com os brinquedos, abri-los, ver o seu interior, o seu funcionamento, inventar novas geringonças com os objectos desmontados, mas sobretudo adoram estar com os amigos: praticar desporto, andar de bicicleta, combinar as regras dos jogos, distribuir papeis e funções. Começa o interesse pelos jogos electrónicos de computador ou consolas. Necessitam, portanto, de brinquedos que lhes permitam desenvolver-se como “criadores” e “inventores”: jogos de construção e experimentação, os primeiros computadores, as primeiras consolas, etc.

 

                -Mais de oito anos de vida: embora a imaginação continue a ser importante, à medida que vão crescendo, as crianças têm mais interesse pelas coisas reais e desperta nelas o desejo de aprender. A partir dos oito anos dispõem de maior capacidade de concentração e raciocínio lógico e o seu interesse vira-se para o exterior, os colegas de turma, o grupo de amigos, a equipa com que praticam o seu desporto favorito. Os jogos de mesa com regras e com certo nível de competitividade são muito adequados, bem como as construções mais sofisticadas e mecanizadas, os artigos desportivos e as primeiras aparelhagens de som.

 

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